Nota do CRESS-RJ em apoio à corajosa luta e à resistência de trabalhadoras e trabalhadores

Hoje, 1 de maio, todos os onze princípios éticos fundamentais defendidos por assistentes sociais poderiam ser evocados, mas, dentre eles, “a defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida” é aquele a ser salientado.

 

O CRESS-RJ e assistentes sociais que foram às ruas no estado do Rio de Janeiro, em 28 de abril de 2017, não abdicaram do seu papel político/profissional ao apoiar os movimentos sociais e os sindicatos que organizaram a Greve Geral.

 

A classe trabalhadora continuará a luta contra os retrocessos sociais promovidos pelo governo golpista, que atingem direitos trabalhistas e previdenciários. Sabíamos que nessa Greve Geral haveria repressão e não podemos compactuar com práticas que cerceiam a livre manifestação de trabalhadores, tampouco o excesso de força e o lançamento de balas de borracha e bombas contra milhares de pessoas nas ruas e, em particular, na ALERJ e na Cinelândia, onde o ato público estava marcado.

 

Para além do descompromisso dos governos, federal e estadual, com as políticas públicas e os direitos humanos, o mês de abril foi marcado por violência e racismo dos aparelhos coercitivos do Estado que também se expressaram nos assassinados recentes de crianças e adolescentes nas favelas e nas escolas e na condenação de Rafael Braga a 11 anos de prisão.

 

São os trabalhadores que criam a riqueza do país e ela precisa ser redistribuída, mas com as medidas restritivas do governo, as futuras gerações serão ainda mais exploradas e oprimidas. O rombo na previdência é uma mentira e se por um lado já está comprovado que a seguridade social tem orçamento suficiente, por outro lado é sabido que os desvios de verbas e isenções fiscais vergonhosas são nefastas para a classe trabalhadora e nós não vamos pagar por isso.

 

Defendemos a ampliação dos direitos trabalhistas, a Previdência Social pública e estatal, a desmilitarização da Policia Militar, o direito à manifestação e repudiamos com veemência as ações truculentas e covardes seja nas, ruas ou nas favelas. Seguimos contra a corrente, pois não temos tempo de temer! Viva a Greve Geral! Viva o 1º de Maio, a coragem e a resistência de trabalhadoras e trabalhadores!
Gestão “Contra a Corrente: a luta continua” (triênio 2014-2017)

Gestão “Não Temos Tempo de Temer” (triênio 2017-2020)

 

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