Entidades realizam Caravana da Educação Federal na terça-feira (6/5), em Brasília. O CRESS-RJ, convidado pelo Sintur (Sindicato de Trabalhadores em Educação da UFRRJ), estará representado no evento. A caravana fluminense zarpou para Brasília nesta segunda-feira (5/5). Fernanda Fortini, técnica administrativa da Educação Federal, que trabalha na Rural é uma das representantes fluminense na manifestação

O descaso com a Educação Federal em todos os níveis, os constantes ataques à autonomia e à democracia nas Instituições Federais de Ensino e a dificuldade em conseguir negociação efetiva com o governo federal fizeram com que as entidades sindicais do setor – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior ( ANDES-SNANDES-SN), Fasubra e Sinasefe – se reunissem para realizar no próximo dia 6 de maio, a Caravana da Educação Federal em Brasília (DF). O ato contará também com a participação do movimento estudantil.

Representante da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades brasileiras (FASUBRA), pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a assistente social Fernanda Fortini, é uma das profissionais fluminenses que foram a Brasília, é uma das representantes fluminenses na a Caravana da Educação Federal. Técnica administrativa da Educação Federal, Fernanda lembra que a categoria está me greve desde março e que este sem dúvida é momento de mobilizar as bases e pressionar o governo para atender as reivindicações da categoria. “Não é um movimento que tem apenas como foco a campanha salarial, mas ao aprimoramento de cargos e carreiras”, sublinha Fortini .

De acordo com Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN, a caravana reflete a luta conjunta desses setores para fortalecer a educação pública e de qualidade. “A realidade tem conduzido cada vez mais para a unidade das entidades representativas dos professores, dos técnico-administrativos e das representações estudantis na luta pelas condições necessárias ao desenvolvimento das atividades acadêmica com a qualidade que a população exige quanto aos serviços públicos, bem como unificar as ações em defesa dos direitos dos trabalhadores na educação federal”, ressalta a dirigente.
Reivindicações
Docentes, técnicos e estudantes denunciam a falta de condições necessárias para funcionamento das Instituições Federais de Ensino (IFE), o que resulta no comprometimento da qualidade das atividades acadêmicas e na precarização do trabalho. Apontam ainda a necessidade de vagas e concursos públicos para professores e técnico-administrativos, aprimoramento das carreiras – correção de distorções e reestruturação -, com a valorização salarial de ativos e aposentados. Cobram também a ampliação das condições de acesso e permanência estudantil.
As entidades alertam que é urgente e necessário reverter o acelerado processo de privatização das IFE e da terceirização do trabalho nestas instituições. Além disso, denunciam também o agravamento da criminalização contra os movimentos sociais, a judicialização das greves e as tentativas de utilização dos meios institucionais para reprimir o direito à divergência.
Para discutir essas questões e buscar abertura de negociações de verdade em torno das pautas de reivindicações, docentes e técnico-administrativos solicitaram uma audiência com o ministro da Educação, José Henrique Paim, para o dia 6 de maio.
Marcha a Brasília
No dia seguinte à Caravana, os trabalhadores do setor da Educação se juntam aos demais servidores públicos federais, na grande Marcha a Brasília, organizada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos SPF. A concentração está prevista para às 9 horas, em frente a Catedral da capital federal, na Esplanada dos Ministérios.

Fonte: Andes-SN/CRESS-RJ