Assistentes sociais da Prefeitura fizeram paralisação e ato em frente à Prefeitura para cobrar a implantação da jornada de 30 horas, melhores condições de trabalho e de atendimento à população, equiparação salarial ao vencimento da saúde. Mesmo sob forte chuva e pressão de várias chefias para que não houvesse paralisação, o ato em frente à prefeitura, dia 4 de setembro, reuniu mais de 150 assistentes sociais.

O comando de paralisação foi recebido pelo vice prefeito e secretário municipal de Assistência Social, Adilson Pires para debater a pauta de reivindicação.

 b27635ab6790

30 horas sem redução do salário

O PL 388 (que versa sobre a implementação das 30h) foi enviado à Câmara dos Vereadores e publicado em Diário Oficial no dia 2/9/2013. O projeto, porém, define a não redução do vencimento, mas não da remuneração, abrindo brechas para a redução das gratificações e adicionais. O comando questionou o fato mas Adilson Pires alegou que isso seria visto na Câmara dos Vereadores.

Equiparação salarial

Adilson Pires alegou que a equiparação salarial com assistentes sociais da Saúde era pauta nova para ele. Apesar desta pauta já ter sido apresentada há alguns anos, pautada pelo Sindicato e, pelo menos desde fevereiro de 2013, estar na mesa do prefeito. Além disso, a pauta da paralisação foi enviada no início do mês à Prefeitura. Sem contar que a luta pela equiparação salarial vem se arrastando desde 2008.

Na reunião, o vice prefeito ficou de pedir o estudo do impacto econômico para a Prefeitura, apresentar ao prefeito e voltar a discutir com a categoria em reunião marcada para o dia 13/9, às 15h.

Condições de trabalho

O secretário de Assistência Social pediu que as reivindicações sobre condições de trabalho fossem reunidas e precisadas, para também serem discutidas no dia 13. O SASERJ sugeriu uma mesa de negociação para as pautas relativas à Assistência Social.

Corte de ponto

Adilson Pires informou que, como os equipamentos estavam funcionando, não haveria motivos para o corte dos pontos.

Pressão na Câmara

Na parte da tarde, as manifestantes, em conjunto com o comando, se dirigiram para a Câmara dos Vereadores, onde foram recebidos pelo vereador Jeferson Moura, do PSOL, e da Comissão de Assistência Social da Câmara (que também esteve presente no ato em frente à Prefeitura) e o mesmo articulou uma reunião com o líder do governo na Câmara, o vereador Guaraná, para discutir o PL 388.

O grupo reivindicou a mudança do termo de vencimento para remuneração, no projeto. Está agendado, para dia 11/9, encontro com os vereadores Jeferson Moura e Guaraná para tratar novamente do assunto e sas estratégias para aprovação da projeto.

A vice presidente do CRESS-RJ, Moara Paiva Zanetti, considerou um avanço a paralisação das assistentes sociais da PCRJ, que não acontecia há muitos anos. Destacou que, mesmo com chuva e com ameaças de corte de ponto por parte da chefia, o número de presentes foi bastante representativo. Apesar de considerar pouco confiável as promessas de cumprimento das promessas feitas por Adilson Pires, tendo em vista outras promessas anteriores, não cumpridas, Moara avalia que a categoria está em outro momento em termos de organização, com ações mais incisivaspara pressionar efetivamente a Prefeitura e a Câmara para que cumpram suas promessas. “O ato de hoje confirmou nossa força, quando mobilizados e organizados. Por isso o movimento tem que continuar aceso, pois todas as pautas apresentadas só serão ouvidas e terão prioridade se tiver pressão política”.

10fb6fdf82d2