Reforma da Previdência ignora 426 bilhões devidos por empresas ao INSS

por Repórter Brasilpublicado 02/03/2017
Dívida é o triplo do déficit anual calculado pelo governo. Entre as devedoras, estão as maiores do país, como Bradesco, Caixa, Marfrig, JBS e Vale
Marcada por um inflamado dissenso, a reforma da Previdência, estampada na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, tem sido vendida como saída para enfrentar os desafios impostos pelo envelhecimento da população brasileira. Para o governo, o endurecimento das regras de acesso aos benefícios previdenciários repousa sobre a necessidade de manutenção do sistema, que nas próximas décadas estaria fadado à falência.
No entanto, fontes ouvidas pelo Brasil de Fato desmistificam as previsões governistas e tiram das sombras um dos relevantes aspectos invisibilizados pela PEC 287: o número de idosos está aumentando, mas a população em idade ativa – aquela que está apta ao trabalho –, segue em linha ascendente até 2060. Tal constatação faria cair por terra o argumento de que uma bomba-relógio anuncia o declínio da Previdência pública.