Publicado originalmente sexta, 29 de Agosto de 2014 no site do CFESS

Hoje é o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica
CFESS se manifesta sobre a data, reafirmando a luta pelos direitos da população LGBT
Hoje é comemorado o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, 29 de agosto. A data, criada no 1º Seminário Nacional de Lésbicas em 1996, é um marco temporal fundamental para o registro da luta de mulheres que têm seus direitos violados pela conjugação de preconceitos históricos no Brasil. “Por ter a liberdade e igualdade substantivas como princípios fundantes do Código de Ética Profissional, o CFESS luta cotidianamente e se soma à resistência coletiva das mulheres que se relacionam com mulheres como ação política de desconstrução do patriarcado heterossexista”, conforme trecho do CFESS Manifesta produzido em 2010 para a data.

O CFESS é contra todas as formas de opressão e defende a liberdade de orientação e expressão sexual, o que, juntamente com a identidade de gênero, é uma dimensão da diversidade humana.

A conselheira do CFESS Daniela Neves avalia que a inserção do Serviço Social nessa luta é primordial. “Em tempos de conservadorismo e de graves violações de direitos no Brasil e no mundo, e com o desinteresse político na aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia, torna-se cada vez mais necessária a articulação de forças entre movimentos sociais e instituições militantes em defesa dos direitos humanos da população LGBT. O Serviço Social também é sujeito dessa luta . Afinal, somos uma categoria que atua para que a população tenha acesso aos seus direitos”, avalia a conselheira.

Serviço Social é militante
A diretora em saúde da Associação Lésbica Feminista de Brasília Coturno de Vênus, Karen Queiroz, milita há mais de 10 anos no movimento social de mulheres lésbicas e avalia que “o acesso à leitura, ao debate e a tudo que permeia uma discussão sobre o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica não só mostra o enfrentamento contra essa regra heteronormativa de uma forma compulsória em que, extremamente, ainda se baseia a saúde, meios de comunicação, segurança e a educação brasileira, mas também estimula e empodera muitas mulheres a sair de uma vida repleta de máscaras para viver sua sexualidade do jeito que se tem vontade e prazer”, analisa Karen Queiroz.

Durante a trajetória de militância, ela acredita que os/as profissionais que lidam com a população têm grande impacto social na permanência ou não dos paradigmas culturais. “Por isso, vejo o Serviço Social como uma profissão fundamental no apoio mútuo junto aos serviços que envolvem responsabilidades com a garantia dos direitos das mulheres, pelas quais lutamos”, completa a diretora

http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1116

 

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