Seu nome ainda me assusta e quando o escuto na rua minha espinha gela. Às vezes, quero que as pessoas te esqueçam, não sei o que fazer com sua memória. Escrevo esta carta em uma tentativa de fazer as pazes.

Sabe, você foi muito corajosa, não é qualquer pessoa que questiona o gênero assim de forma tão sincera. Eu ainda não sei o porquê da gente se encontrar tão tarde, mas tenho uma hipótese: o machismo quer que as coisas continuem do jeito que estão e isso inclui a manutenção de laços de dominação históricos entre os gêneros, mais especificamente a dominação do homem cisgênero sobre os demais gêneros. Nesse cenário tão desfavorável, você foi além das expectativas e se permitiu questionar. Nunca engoliu esse papinho de mulher submissa e – SPOILER – isso te libertou. Que orgulho!

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