Na busca pela mobilização dos assistentes sociais que atuam na educação, o II Encontro Regional do Serviço Social na Educação – Norte, Noroeste Fluminense e Baixada Litorânea, realizado no dia 7 de março, em Macaé, levantou, de maneira aprofundada, questões que norteiam a política de educação existente, como a contratação de serviços terceirizados, política pública, universalização do acesso, e outras. Questionamentos a respeito do que se pretende neste âmbito foram discutidos nos debates abertos aos participantes. O encontro contribuiu para uma reflexão crítica acerca de instrumentos que possam ser utilizados na busca por um trabalho de qualidade.

Integrante da 1ª Mesa Temática, Eliana Bolorino (Assistente Social, docente da UNESP Franca/ SP, doutora em Serviço Social pela PUC SP, coordenadora do GEPESSE- Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Serviço Social na Educação), compartilhou suas experiências e salientou a importância de uma atuação voltada para 3 dimensões: Investigativa (questionar, problematizar, desvelar); Educativa (construção contra-hegemônica); e Interventiva (o fazer profissional).

Para ela, é necessário um pensamento mais humanizado, para construir uma educação mais democrática, que passe pelo grande desafio que é fazer com que todos participem do processo que envolve a política pública: escola, alunos e famílias.

Eliana afirma que é preciso um posicionamento crítico por parte do assistente social que deve levantar questionamentos e ter uma visão ampla de tudo que acontece no ambiente de trabalho. Além de confrontar as forças progressistas com as forças conservadoras existentes. Eliana realizou pesquisa de doutorado pela Unesp, com o tema: Educação e Serviço Social- Elo para a construção da cidadania, que traz dados acerca do tema. A pesquisa que virou um e-book está disponível na internet, e conta com publicação por demanda. Acesse.

Rosangela Benevides (Conselheira da Seccional de Campos), avalia a contribuição do encontro para o desenvolvimento do trabalho do assistente social na educação: “É  lógico que o evento não fecha a discussão, mas com certeza contribuiu para que a categoria refletisse sobre a sua prática.”