“Pelas ruas e becos da cidade: Liberdade! Não à privatização e ao encarceramento da vida” é o tema do ato público em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial. O ato, realizado pelo Movimento da Luta Antimanicomial, no Estado do Rio de Janeiro, será dia 17 de maio, às 13h, na Praça XV.

O objetivo do evento é discutir a constante privatização dos espaços públicos, denunciar as práticas desumanizadoras de internação compulsória, combater o estigma e a exclusão social da loucura, defendendo uma política de afirmação da vida. O ato contará com a apresentação de poetas, bandas, artistas e a realização de diversas oficinas.

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Pelas ruas e becos da cidade: Liberdade!
Não à privatização e encarceramento da vida.

O Movimento de Luta Antimanicomial pede passagem para se apresentar: somos usuários, familiares e trabalhadores da saúde mental e pessoas que de alguma forma afirmam uma Sociedade sem Manicômios.

Por uma sociedade Sem Manicômios é o lema que afirmamos desde a década de 1980 quando lutamos pelo fim das instituições que encarceram desejos, corpos e mentes.
Não queríamos a humanização desses espaços, mas a sua extinção, pois era sabido que tínhamos que acabar com os preconceitos, medos e estigmas que elas carregam. E assim lutamos até hoje. Afirmamos que encarcerar para supostamente produzir saúde não nos contempla. Já temos em nosso histórico acúmulo e propostas para efetivação de outros modos de cuidado e relação.

Agora, mais do que nunca, vemos as mesmas forças adoecedoras e descompromissadas com o ser humano serem legitimadas pela Prefeitura do RJ através do descaso com a população com suas políticas milionárias para megaeventos e nada para nosso cotidiano.

A Luta Antimanicomial está preocupada com a liberdade ampla e irrestrita de todo ser humano, ao contrário dos atuais Governos, que estão vendendo nossos espaços públicos por miseráveis acordos privatizantes, como é o caso de todo o complexo do Maracanã. Essa é a mesma política que vem
recolhendo compulsoriamente quem vive nas ruas apenas para garantir a “limpeza” da cidade. Que faz da nossa saúde uma mercadoria, adoecendo trabalhadores e destruindo a rede de cuidados.

Afirmamos as conquistas que são fruto da nossa luta ao longo de todos esses anos, e acúmulo das nossas experiências antimanicomiais. Exigimos que a lei 10.216 seja respeitada. Defendemos a rede de atenção psicossocial que supera o manicômio, e não que convive com ele. Queremos passe livre para circular pela cidade, estar nas suas praças, estádios, teatros, e não apenas para ir pro CAPS.

Seguimos na luta por uma sociedade sem manicômios!
Junte-se a nós!

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