ATENÇÃO !!!!!
DEVIDO A QUESTÕES DE SEGURANÇA , RELACIONADA A PARALISAÇÃO OCORRIDA ESTA SEMANA, O SEMINÁRIO ESTÁ SENDO REALIZADO NA CAPELA ECUMÊNICA, COM ENTRADA PELA PARTE DOS FUNDOS DA UNIVERSIDADE.
AO ENTRAR INFORMAR QUE VAI AO SEMINÁRIO QUE ESTÁ SENDO REALIZADO NA CAPELA

O Grupo de Estudos em Serviço Social, Saúde, Trabalho e Meio Ambiente – GESTA realiza no dia 22/5, de 10 até 19h30, no auditório 93 da UERJ, o I Seminário Nacional “O Trabalho no início do Século XXI no Brasil: novas faces e tendências”. Com coordenação da assistente social e professora Lúcia Freire, o evento terá a participação de pesquisadores de diversão instituições do país que debaterão sobre a questão das relações de trabalho, terceirização e precarização

O site do CRESS-RJ conversou com Lúcia Freire sobre a importância da realização do seminário e suas expectativas.

CRESS-RJ – Em que momento vocês sentiram necessidade de abordar este tema?
Lúcia Freire – De modo mais próximo, sentimos mais claramente a necessidade de analisar este tema ao constatar maiores retrocessos neste século em relação ao final do século XX (que eu pesquisei em empresas no Brasil), nos nossos estudos e pesquisas sobre diversas realidades das relações de trabalho em vários setores, que serão apresentados no Seminário, e os contextos políticos e econômicos no Brasil desta década, inclusive, materializados nos recentes projetos sobre mudanças na legislação. Este tema foi pesquisado mais profundamente quando já professora da UERJ, desde 1989, sobretudo na pesquisa para a tese de doutorado defendida em 1998, na PUC de São Paulo, realizada em três das maiores empresas do Brasil na década de 1990, que deu origem ao meu livro mais conhecido e fará parte de um próximo. Já agora no Seminário, representa diversas pesquisas de todo o Grupo de Pesquisas criado

CRESS-RJ – Quais as mudanças e tendências que vem sendo identificadas no mundo do trabalho nesse século?
Lúcia Freire – Já respondidas em parte na pergunta anterior, concentrando-se em maior precarização de vínculos e condições de trabalho, junto com a sua intensificação, a partir da crise originária do próprio capital desde a década de 1970, sob disfarces e aparências diversas, como a da participação , que denomino “gerencialista” porque em formatos controlados pelo poder gerencial, e o da “qualidade total”, que deveria supor a qualidade “de vida” ou das condições dos trabalhadores.

CRESS-RJ – Diante da precarização das condições e relações de trabalho, da PL da Tercerização, como a senhora vê a importância desse seminário?
Lúcia Freire O seminário, inclusive, foi concebido antes deste PL, cujo objeto passou a constituir uma forma crescente de “vinculo” precário, intermediado em sub-contratos, que deveriam ser exceção. Além dessa forma, outras similares para trabalhadores de nível superior, existentes também em serviços públicos com trabalhadores não concursados, nas empresas denominadas falsamente de “consultorias”, passaram a proliferar-se, constituindo uma de nossas pesquisas, apresentada na última Mesa.

image (2)

Professora Lucia Freire

image (1)